Em Teu Altar

Diante de tua presença me encontro, Senhor, Deus infinito
O teu olhar me acompanha e sabes quem sou

Ao enxergar tua grandeza e minha pequenez
Eu reconheço que minha história é nada sem o teu amor

Por isso venho te buscar
Porque eu preciso, meu Deus, em teus braços estar
Morar em teu coração e entregar-me a ti, inteiramente

Me abandonarei em ti, Senhor
Em ti repousarei
A tua ternura me acolhe
Um refúgio seguro encontrei
O meu coração venho a ti render
Toma meu ser, meu querer
Recebe, Senhor, minha vida
Como prova viva de amor
Em teu altar, Senhor

O DESCONHECIDO

não sei quem é e nem em que parte do caminho da minha vida ele apareceu. sei que de repente ele parece tão próximo e me conhece tão bem. o desconhecido me assusta as vezes,mas geralmente ele me encanta, fascina eu diria. permaneço sem saber quem ou o que é, mas para que serve saber tudo isso?para esconder os meus medos e receios, para me refugiar dentro das dúvidas que insistem em permanecer em minha mente ou simplesmente para não admitir que na verdade não é medo o que sinto pelo desconhecido e sim fascínio.
e mesmo sem ter certeza de nada, o (des)conhecido faz os meus dias serem diferentes, um pouco melhores,me faz sair do marasmo, esquecer o tempo, rir sem ter motivo simplesmente para demonstrar felicidade, o (des)conhecido me assombra e ao mesmo me encanta.
a verdade transmitida nas palavras, nos olhares e gestos é uma forma única de talvez me entorpercer e fazer com que eu me entregue, alguns dizem que ele me engana e talvez realmente seja isso, mas prefiro sempre acreditar na verdade dita com os olhos, apesar de eles poderem ser apenas atores neste teatro.
e apesar de todo o encanto desse desconhecido não consigo verdadeiramente sonhar com ele, minha razão sempre me impulsiona a lembrar que ele me oferece riscos e que independente de qualquer coisas ele ainda é para mim um desconhecido, uma constante interrogação, um mundo cheio de dúvidas e incertezas.